sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Os filhos

Khalil Gibran disse:
“Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma,
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas; Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-lo como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a Sua força para que Suas flechas se projetem rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável.”

Vinicius de Moraes, poetando para seu filho Pedro, diz:“Porisso é que chorei tantas lágrimas para que não precisasses chorar, sem saber que criava um mar de pranto em cujos vórtices deverias também me perder. E amordacei minha boca para que não gritasses e ceguei meus olhos para que não visses. E quanto mais amordaçado, mais gritavas. E quanto mais cego, mais vias.”...

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